Uma condição comum em algumas gestantes é o quadro de diástase abdominal, quando os feixes de musculatura da barriga se dilatam e se afastam de maneira parcial ou completa. Isso pode impactar significativamente o aspecto emocional da futura mamãe durante a gestação e no pós-parto, afetando a autoestima, a imagem corporal e a sensação de bem-estar.
Muitas mulheres relatam sentimentos de frustração, insegurança e até tristeza ao perceberem mudanças no corpo que não desaparecem após o parto, especialmente quando a diástase causa flacidez abdominal ou dor. Esse desconforto físico pode se somar às oscilações hormonais e aos desafios da maternidade, intensificando quadros de ansiedade ou tristeza.
A estimativa apontada em estudos é a de que até 60% das mulheres podem desenvolvê-la. Famosas como Giovanna Ewbank, Sandy e Giovana Antonelli já compartilharam seus relatos sobre o impacto físico e emocional causado pela diástase abdominal durante a gestação e no pós-parto.
Entendendo a Diástase Abdominal
Segundo artigo publicado na revista Fisioterapia em Movimento, a diástase abdominal em gestantes ou puérperas acontece pela união de alterações mecânicas de crescimento uterino e ação hormonal nos tecidos conjuntivos – hormônios da gravidez que agem sobre os músculos. Entretanto, vale destacar que também pode ocorrer devido a outros fatores como obesidade ou exercícios de força excessivos.
A gravidez, certamente, é uma das principais causas da diástase abdominal, uma condição em que os músculos retos do abdômen se separam devido ao estiramento excessivo da parede abdominal para acomodar o crescimento do útero. Essa separação é comum, especialmente no terceiro trimestre, e pode persistir após o parto, resultando em uma fraqueza da musculatura abdominal, dor lombar, e alteração na postura.
É importante lembrar que todas as mulheres, durante o período que envolve a maternidade, experimentem algum grau de diástase. Existem dois tipos da condição: a fisiológica, que afeta 100% das mulheres, tende a regredir no pós-parto, e a patológica – que resulta da evolução em 30% dos casos fisiológicos.
Embora a condição atinja todas as mulheres grávidas ou puérperas, de alguma maneira, a sua recuperação varia e pode ser favorecida por exercícios específicos de fortalecimento do core, fisioterapia ou, em casos mais severos, cirurgia plástica.
Diástase Abdominal Patológica
A gravidez e o parto são eventos fisiológicos, que se caracterizam por variadas alterações físicas e emocionais, com intuito de criar um ambiente ideal para o crescimento e desenvolvimento do feto. Sendo assim, de acordo com o artigo citado anteriormente, a maior incidência da diástase abdominal patológica acontece entre mulheres que tiveram mais de um filho, com idade entre 19 e 30 anos, e as que tiveram seus bebês por parto normal, principalmente com intervalos curtos entre as gestações.
No caso da diástase patológica, o abdômen adquire uma aparência flácida, caída e estufada, tornando-se fraco. O problema vai além de questões estéticas, pois, quando a separação dos músculos excede 3 cm, o tronco e os órgãos ficam sem a sustentação necessária, e a mulher pode sofrer constipação intestinal, incontinência urinária e dor nas costas. Os relatos apontam dores na lombar, na pelve ou no quadril, fraqueza no assoalho pélvico e desconforto nas relações sexuais.
Tratamentos Possíveis
O tratamento para a condição varia de acordo com a extensão do afastamento dos músculos e as necessidades individuais de cada paciente. Em geral, casos não severos de diástase não necessitam de cirurgia. Conforme dito anteriormente, para tratá-los podem ser recomendados exercícios físicos e fisioterapia abdominal, os quais demonstram bons resultados com grande parte das pacientes.
Entretanto, muitas mulheres não conseguem voltar à forma corporal apenas com o auxílio de métodos não invasivos. Geralmente, eles funcionam em casos nos quais a condição não ultrapassa 4 cm! A diástase abdominal pode ser medida em graus de 0 a 4; para os quadros em grau 3 (moderado) e 4 (importante) a indicação é cirúrgica plástica.
Giovana Ewbank, uma das famosas citadas anteriormente, revelou que uma separação de mais de 3cm entre os músculos do abdômen resultou em muita dor na coluna, especialmente ao amamentar seu caçula Zyan. Como forma de tratamento, além de apoio médico, ela também recorreu à yoga para fortalecimento muscular e à reeducação alimentar.
Da mesma maneira, a cantora Sandy resolveu o problema da diástase abdominal que desenvolveu após ter dado à luz o filho Theo em 2014. O espaçamento que separou os dois lados da musculatura abdominal foi corrigido por meio de exercícios abdominais para fortalecimento da região e muito treino.
Já o caso da atriz Giovanna Antonelli foi diferente. Em 2017, realizou cirurgia plástica para corrigir o problema que surgiu após o nascimento das suas filhas gêmeas, Antônia e Sofia, em 2011. Inicialmente, tentou resolvê-lo por meio de treinos e cuidados com a alimentação. Como não obteve o sucesso esperado, decidiu pela cirurgia.
Como é Realizada a Cirurgia?
Quando o tratamento cirúrgico é indicado, existem diferentes opções, a cirurgia aberta ou laparoscópica, ambas as abordagens apresentam altas taxas de sucesso. Na primeira opção, o cirurgião sutura os músculos afastados de maneira bem ajustada. A incisão, em geral, é feita pelo púbis – onde ficaria o corte de uma cesárea. Já na segunda abordagem, são realizados três pequenos cortes no abdômen, por onde é realizada a plicatura muscular. Atualmente, a cirurgia assistida por robótica está sendo apresentada em conferências com resultados promissores e pode se tornar um método de tratamento em um futuro próximo.
A recuperação costuma levar de 6 a 8 semanas. Nos primeiros dias após a cirurgia, é comum que haja desconforto, inchaço e uma leve dor na região abdominal. A recomendação pós-cirúrgica é o uso de malhas compressivas e a restrição de atividades físicas intensas nas primeiras semanas. A maioria das pacientes retorna à normalidade completa em torno de três a seis meses após o procedimento.
Importante destacar que, caso haja interesse da paciente, há possibilidade de realizar-se uma lipoaspiração ou a retirada de gordura e pele excedente durante o mesmo procedimento de reparação muscular por meio de mini-abdominoplastia ou abdominoplastia tradicional.
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